Personagens: Káthia Victório Ferreira e a filha Polyana
Idade: 33 e 06 anos
Cidade: Corumbá – MS
A história
Em junho de 2008, nasceu a pequena Polyana, filha da Káthia Victório Ferreira. A bebê veio ao mundo em um parto normal e os médicos diziam que ela era perfeita, sem nenhum problema de saúde. “Viemos pra casa no dia seguinte. Ela realizou o teste do pezinho – que disseram que demorava 20 dias para o resultado ficar pronto – e eu mantive a amamentação exclusiva no peito, mas no quarto dia de vida ela começou a vomitar. Era instantâneo: mamava e vomitava. Procurei o pediatra e ele a diagnosticou com refluxo, receitou alguns remédios, disse para ela mamar quase em pé e ficar em pé no colo por pelo menos 30 minutos”, relata.
Uma semana se passou e nada da pequena melhorar. Pelo contrário, a Polyana perdia peso e estava com a aparência amarelada. “Fui novamente ao pediatra e dessa vez o diagnóstico foi icterícia e desnutrição. O médico ainda me disse: ‘mãe, você tem que colocar sua filha pra mamar, ela está desnutrida! Hoje em dia as mães não querem mais amamentar, mas você tem que por ela no peito’. E eu assim o fazia”, conta.
Quando a filha estava com 22 dias de vida, Káthia buscou outro pediatra e ele recomendou que ela buscasse ajuda em um centro especializado. Começou então uma verdadeira peregrinação médica para descobrir o problema da Poly. “Procurei o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, mas não conseguimos consulta. Fomos para a capital, 450 quilômetros de onde moramos e procuramos um pediatra que nos disse que ela tinha um problema no sangue. Aí, ele indicou que procurássemos um hematologista. Chegando lá ela nos disse que o problema era outro e nos encaminhou para um gastropediatra. Foi só aí que as coisas começaram a clarear!”, lembra.
O médico, de imediato, disse que seria necessário internar a pequena para investigar a fundo o caso, mas adiantou qual poderia ser o problema: Galactosemia, um distúrbio no qual o corpo não consegue transformar galactose em glicose. “Nunca tínhamos ouvido falar nessa palavra que mais parecia um palavrão! Minha filha foi internada, e fizemos a substituição do leite materno pelo leite de soja. Minha menina estava muito mal. Os médicos chegaram até a dizer que ela poderia não suportar… Ela teve infecção por E.coli e aí fazia exames a todo momento. Lembro de uma médica entrando no quarto e dizendo que a minha Polyana não teria uma vida fácil, que poderia ter muitas sequelas devido a gravidade da doença e que a restrição alimentar seria algo difícil. Porém, eu só sabia agradecer, a vida dela me bastava!”, afirma Káthia.
A partir desse momento, não foi só a Polyana que precisou se adaptar a uma nova rotina alimentar. Os pais também acabaram mudando seus hábitos. “Eu que sempre amei leite passei a odiar, meu corpo não o tolerava mais. E aí começamos a dieta. Se a Polyana podia, todos podiam. Se ela não podia, então ninguém podia. O amor me fez pensar assim”.
Sempre dedicada, a mãe começou a adquirir o hábito de ler bulas e rótulos. “Essa foi a tarefa difícil. As empresas não se importam se a falta de rótulos decentes nos prejudicam. Comecei a adaptar receitas e minha princesa só comia as ‘comidas da mamãe’. Conheci o site ‘Sem Glúten Sem Lactose’ e isso me ajuda demais da conta! Através dele, conheci pessoas com os mesmos problemas que eu e hoje tenho amigos em várias partes do país. Todos os dias dedico algumas horas de estudo para aprender como melhorar a vida dela, mas continuo afirmando que a vida dela me basta, os problemas e sequelas não são nada perto da grandiosidade do meu amor!”.
*O ‘Sua História’ é um espaço destinado para você internauta compartilhar sua experiência no universo sem glúten e sem lactose. Como foi a descoberta? Quais foram os primeiros sintomas? Como é a sua rotina? Gosta de testar receitas SGSL? O que mudou depois do diagnóstico? Para participar deste quadro envie um e-mail para: contato@semglutensemlactose.com que faremos o contato. Será um prazer dividir a sua história com nossos leitores!
Nossa Kátia, minha história é muuuito semelhante da sua!!! Passei por várias angústias, sofrimentos, desconhecimentos médicos, diagnósticos errados e profunda tristeza em ver o sofrimento do meu pequeno e saber que ele poderia não resistir… 32 dias para fechar o diagnóstico da galactosemia, mas pareceu uma eternidade!!! Mas o importante é que estamos com eles e na luta para oferecer o que há de melhor para terem uma vida feliz!!! Beijos no coração!!!
Conheço sua história Kátia e poly sou irmã da Veronica a qual também tem uma filha Maria Clara com galactosemia clássica. Mulheres guerreiras
A Poly, como carinhosamente a chamamos, é um caso de amor com a vida. Todos da família, devemos todos os aprendizados a ela. Ela é forte, é guerreira e enfrenta tudo com os olhos brilhantes de felicidade e um sorriso nos lábios. Ela é um exemplo de que Deus nunca nos abandona, quando os médicos disseram que seria dificil, Deus nos disse, comigo tudo é possivel e aí está a minga guerreira, minha maior lição de amor a vida. Amo demais da conta.
Linda história da Katya e da Poly , conheço katya através de um grupo de mães numa rede social e tenho acompanhado sua história de luta com a poly !!! Parabéns meninas !!!