Se você tem alergia alimentar e alguém oferece algo que não pode comer, não faça cara feia; apenas deixe a comida de lado. Quando explicar sua restrição para uma pessoa, conte apenas o necessário e guarde os detalhes desagradáveis para o seu médico. Se for comer na casa de um amigo e não quiser incomodar o anfitrião, leve a sua própria comida.
Estas são algumas das regras da “Etiqueta da alergia”, apresentada pela autora Alice Sherwood no livro “Viva sem Alergia”, da Publifolha. O capítulo que trata da etiqueta pode ser conferido na íntegra no trecho abaixo.
Mãe de um menino alérgico, ela elaborou um livro com mais de 100 receitas saborosas para quem tem alergia, traz também um pequeno guia prático com medidas simples de comportamento que podem evitar muita angústia tanto para quem tem restrição alimentar como para quem convive com uma pessoa nessa condição.
ETIQUETA DA ALERGIA
A consciência sobre as alergias e as intolerâncias a alimentos vêm aumentando, e as mudanças de atitude e comportamento já começaram. Há pouco tempo, o vegetarianismo era visto por muitos como uma moda passageira que não demandava atenção especial. Agora é difícil encontrar um lugar que não ofereça opções sem carne. O número de pessoas sensíveis a alimentos é ainda maior que o de vegetarianos. Assim, podemos aguardar um novo código de comportamento que envolva atenção e consideração tanto ao portador de alergias, quanto aos que cozinham para eles.
Se tiver alergia alimentar ou intolerância:
Se o outro for intolerante ou alérgico, sempre peça informações:
Siga as Regras de Ouro (abaixo) se estiver lidando com hipersensibilidade a alimentos. O portador é um especialista sobre a sua condição, principalmente se for um caso grave. Se for uma criança, pergunte a ela e confirme com os pais ou responsáveis. Pode parecer óbvio, mas é surpreendente como muita gente tenta supor coisas, mesmo que possam colocar a saúde da pessoa em risco. Faça essas perguntas antecipada ou discretamente, não deixe ninguém constrangido perguntando alto sobre a sensibilidade aos alimentos.
LEVE À SÉRIO
Dê às pessoas o benefício da dúvida. A menos que seja especialista, é improvável que saiba avaliar a condição ou como é conviver com ela. A sensibilidade a alimentos varia de doença crônica potencialmente mortal a sintomas como leves desconfortos. Sempre me surpreendo quando alguém diz algo como: “No meu tempo, não tínhamos essas alergias modernas”. Sempre quis responder: “No seu tempo, também não havia celular, o que não quer dizer que não exista agora”.
Coloque-se no lugar dos outros. Como se sentiria se alguém resolvesse não convidar seu filho para brincar porque seria muito trabalhoso cozinhar para ele? Ou, imagine que você é a única criança que não pode comer o bolo de aniversário.
Celebre em vez de se lamentar. A postura negativa não ajuda em nada, só deixa o alérgico num estado de “coitadinho”, em vez de se alegrar por todos os alimentos permitidos e pelas soluções culinárias criativas existentes. É muito melhor pesquisar e descobrir o que se podem consumir.
Decida quanto esforço está disposto a fazer para acolher alguém com necessidades dietéticas especiais. Com a informação reunida nas Regras de Ouro (veja quadro à esquerda), ponha na balança o desejo de ajudar e o provável aumento de trabalho e os riscos envolvidos. Pode ser que decida fazer um grande esforço para um parente ou amigo próximo, mas nem tanto para um colega de trabalho ou para aquele cuja condição é tão séria que é temeroso preparar algo para ele – tudo é válido desde que o que esteja fazendo seja comunicado a eles.
Não prometa o que não pode cumprir. As pessoas não devem se ofender se você sugerir que tragam a própria comida, mas ficarão desapontadas se você prometer algo e deixar de cumprir. Responda a perguntas sobre os ingredientes, mas se não souber ou não tiver certeza absoluta, diga.
Nunca tente adivinhar. O grande temor é o anfitrião bem-intencionado mas mal-informado de festas infantis, que pega a criança pelo braço e diz: “Querido, tenho certeza de que há várias coisas que você pode comer aqui”, oferecendo bolo, bolachas e sanduíches de pasta de amendoim, todos com grandes chances de matá-lo, e depois pergunta vagamente: “Era leite ou trigo que você não podia comer”?
REGRAS DE OURO
Texto extraído de: Folha Online.
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Meu filho é alergico a lactose preciso de sugestões de alimentação:café,almoço e jantar
ai anônimo... agora ficou complicado.. não tem como eu passar um cardápio, pq não sou nutricionista.
o mais correto seria vc agendar uma consulta para seu filho, pq a nutricionista tem condições de saber o que ele realmente precisa e qual o tipo de alergia...
o que tem aqui no blog são sugestões, por exemplo, se ela sugerir 1 porção de proteína vc encontra receitas com carne, que não tenham glúten e nem lactose.
na barra lateral, junto com os Marcadores tem "o que fiz no almoço", lá tem várias sugestões de pratos, mas insisto em vc procurar ajuda profissional!!!
brigada pela visita, volte sempre que precisar!! bde bjo, boa semana!
Débora, amei esse texto querida!!! Isso ajuda a evitar constrangimentos em qquer situação, especialmente para a pessoa alérgica, que fica numa posição mais delicada.
Sempre que vou fazer algo em casa, e vai alguma amiga minha (ou amigo do meu marido, ou da minha filhota) pela primeira vez, eu pergunto se tem alguma alergia ou intolerância, justamente para preparar algo que a pessoa possa comer tranqüilamente... tão simples, né?
Bjãooo!!