Por Tati K. Fischer*
Doença celíaca é uma doença autoimune que se caracteriza pela intolerância permanente ao glúten (proteína encontrada no trigo, aveia, centeio, cevada e malte) e pode levar a atrofia do intestino delgado e consequente má absorção de nutrientes. Podemos desconfiar de doença celíaca se apresentarmos sintomas como diarreia ou constipação (prisão de ventre), flatulência, erupções na pele, anemia persistente ao tratamento, infertilidade e osteoporose.
O diagnóstico correto é realizado por exames de sangue e biópsias do intestino delgado. É importante que a pessoa ainda não tenha retirado o glúten da dieta quando realizar os exames, pois isto pode interferir no diagnóstico. Porém, não é apenas o celíaco que pode ter problemas com o consumo de glúten. Mesmo que os exames não apontem a doença celíaca, ainda podemos desconfiar de uma hipersensibilidade ao glúten.
Pessoas que não digerem muito bem o glúten podem desenvolver essa hipersensibilidade, apresentando sintomas que vão desde reações psiquiátricas e de comportamento (depressão, hiperatividade, alterações de humor, síndrome do pânico); reações gastrointestinais (diarreia, constipação, inchaço abdominal); reações dermatológicas (prurido, dermatites, acne); e até reações respiratórias (rinite, asma). Esses sintomas podem apresentar-se até quatro dias após o consumo do glúten, por isso muitas pessoas têm dificuldade de estabelecer uma relação entre o alimento consumido e os sintomas apresentados.
Para o diagnóstico da hipersensibilidade ao glúten normalmente é realizada a dieta de exclusão, em que todos os alimentos que contêm essa proteína são retirados da dieta por um determinado período (normalmente 30 a 40 dias) e observa-se se há melhora dos sintomas. Após o período de exclusão do alimento, é importante que a pessoa consuma o glúten por um dia em pelo menos três refeições. Após isso o glúten deve ser retirado novamente por quatro dias e observa-se se houve retorno de algum dos sintomas nesse período. Se os sintomas retornarem, sugere-se a adesão de uma dieta isenta de glúten.
Para quem tem doença celíaca, hipersensibilidade ao glúten ou simplesmente deseja evitar o consumo do glúten, pode substituí-lo por quinoa, amaranto, gergelim, farinha de banana verde, entre outros.
Leia também: Alimentos que não podem faltar na mesa de Intolerantes/Alérgicos.
*A autora é nutricionista pós-graduada em
Nutrição Clínica Funcional, sócia-diretora da Clínica de Nutrição NutriCare,
localizada em Jaraguá do Sul – SC – Telefone: (47) 3055-0969.
Olá Tati!
Existe tratamento fitoterápico para as doenças celíaca?
Grato
Dario
Oi Dario, a Tati está um pouco sobrecarregada com a clínica e outros projetos. A questão dos fitoterápicos talvez possa ser esclarecida com algum profissional nutricionista. Sempre indicamos acompanhamento médico nos tratamentos, pois cada organismo é diferente do outro. Se for possível, veja essa questão com quem está te acompanhando. Desculpe não poder ajudar. Abraços..
Olá Debora!
Obrigado por ter respondido.
Grato
Dario
De nada. No que pudermos ajudar conte conosco! Bjss
Olá Tati,
tenho uma amiga que fez uma biópsia do intestino e no laudo aparece gastrite, mas se percebe que a mucosa do intestino está atrofiada.
Pode ser que ela tenha doença celiaca além de gastrite?
Se puder me ajudar fico grata.
@Thanara, uma das características da doença celíaca é a atrofia da mucosa do intestino, porém
apenas quem pode avaliar a biópsia é o médico. Converse melhor com ele sobre o resultado.
Obrigada pela participação.